sexta-feira, 6 de novembro de 2009

um sorriso

De certa forma eu gostaria de ter acesso livre aos seus pensamentos. Seria tão mais fácil... Não. Não seria. Ontem eu sonhei com você. Sonhei mesmo. Acordei assustada, te procurando... Mas obviamente, você não estava. Fechei novamente os olhos, apertei levemente minha boca, lembrando daquela cena e do desconfortável mal estar que causamos. Sorri com ironia, fantasiando o improvável. Pensei na lágrima que senti cair de seus olhos, tão real - tão salgada. Uma imagem que se repetiu durante todo o dia ... A cada piscadela, a cada momento vazio, a cada retomada de fantasia. Pena que você não veio em boa hora, chegou assim, sem hora marcada e sem pedir licença acabou ficando. Peço perdão, se não consigo te enganar. Peço perdão se não consigo me entregar a ti. Sei que apesar do medo caótico que sinto, não sei responder o que (não) te nego. Por quê ? Eu insisto. O meu corpo fala de uma verdade que eu rejeito e sei que você, com total desaprovação e real confusão, me exige em resposta. Honestamente, com palavras, digo à você apenas o que domino – essa resposta eu ainda não tenho, talvez por isso, um sorriso...
J.