Merveilleux, 15 de Agosto de 2008.
Talvez eu não devesse fazer isso e, honestamente, acho que não devo, mas vou fazer... Já fiz tantas coisas que não deveria, não é mesmo? Como diria meu avô: “bosta e meia, duas bostas”! Bom, cheguei a esse ponto, única e exclusivamente pra te pedir desculpas. Chegou a hora... Resolvi colocar em palavras o que sinto! Resolvi exteriorizar o que se passa na minha cabeça, verbalizar emoções – RESOLVI! Simples, não? Não. Ontem me deu uma vontade imensa de ser você. Só pra saber se você sabe o quanto eu te quis. Sei que meu silêncio é besteira... Silenciar quando não sei a resposta é quase sempre tão estúpido quanto acreditar na resposta errada. Você imagina quantas lágrimas já sequei em meus olhos?! Sonhos e desilusões... Toda vez que a gente sai, chego em casa com uma nova cicatriz. Meu instinto é cruel, sempre faz com que eu jogue fora todos os meus sonhos de um amor perfeito, príncipe encantado e tal... Às vezes eu acho que tenho um capetinha atacando meu anjinho com um tridente e me fazendo crer que eu tenho mesmo é que chorar, pedir, implorar... Eu não quero fazer isso. Por dois motivos, o primeiro e mais forte: essa minha certeza de que você fez a escolha certa e o segundo um medinho bobo de ouvir você dizer: "Não tem jeito." Já sofri, já enchi a cara, já fiquei de fogo, já paguei mico... Cara, eu já fui capaz de enxergar seus olhos no brilho da Lua! Já fiz tanta besteira... Falei tanta babaquice! Pra mim chega. Estou tirando meu time de campo. Quero (e tenho) outras chance de ser feliz! Horas e horas eu fico consultando meu coração. Eu quero (e vou tentar) sumir da sua vida! Afinal, como você mesmo disse: - “Eu estraguei tudo”. Relaxa, isso é um fato – eu sempre estrago tudo, acho que acostumei. Aliás, isso, pra mim, é o mais bizarro... Não sei como, mas por vezes esqueci que meu destino sempre me quis só. No deserto. Sem saudades. Sem remorsos. Sem amarras... Feito barco embriagado no mar (e pelo visto não só barco, a marinheira também!). Definitivamente? Eu não sei do que eu gosto. Alias, eu nem sei se gosto mesmo de você. Às vezes me pergunto se eu gosto de mim... Tô partindo, chega de silêncios abismais, segredos escondidos nas entrelinhas... Eu não sou boa nisso, acredite! Quanto àquele post, peço desculpas (inclusive pelos os que não publiquei) aparentemente, foi uma homenagem, uma consideração final, mas uma pessoa de sensibilidade nota que o tom foi de uma escrotidão absoluta. Eu não tenho propriamente um motivo pra ser escrota com você, mas eu quis. É o meu instinto perverso. Quando te vejo, ele fala mais alto, não há o que explicar. Por que?! Tá bom, não sei... Acho que tenho um traço sádico, não sadismo físico, tipo tapa na cara e chicotada na bunda. Meu sadismo é light, superior, intelectual (risos!), acho que curto fazer tortura mental, entende? Mas você não merece atender a esse meu capricho. Peço desculpas, e me despeço com o mesmo olhar de: “foi bom te conhecer.”
Seja feliz, não olhe para trás.
Com carinho,
J.
Seja feliz, não olhe para trás.
Com carinho,
J.